01 junho 2022

Nada de novo…


Se ouvirmos o nosso primeiro-ministro, por cá vamos de vento em popa, uma história de sucesso; se nos compararmos com outros países europeus que estavam atrás de nós e já não estão, talvez tenham tido mais vento, mais popa ou mais jeito para navegar.

Nas notícias de destaque, para lá das desgraças que geram sempre grande interesse, há coisas muito relevantes, como o acompanhamento diário do julgamento de um famoso ator, no outro lado do atlântico.

Discutiu-se o orçamento de Estado com propostas apresentadas que parecem mais lista de Pai Natal. De vez em quando há uma barraca algures e temos promessa que será corrigida rapidamente; antecipar é mais complicado. O julgamento de um ex primeiro-ministro, com prática e hábitos de vida inexplicáveis e insuportáveis, não ata nem desata, uma situação que já me provoca vergonha alheia.

Deste corrupio de coisas fúteis, imobilidade dos assuntos sérios e, sobretudo, passividade de apenas ver o que por aí acontece e de nós pouco depende, fica a faltar o nosso futuro. Está bem, está bem, que bocas cheias com desígnios estratégicos não faltam, mas se a navegação tem sido pobre até hoje, não é metendo a cabeça na areia que melhora…

Sem comentários: