A 29 de julho deste ano, a humanidade esgotou os recursos naturais disponíveis para uma utilização sustentável do planeta. É um pouco como se no dia 18 de cada mês tivéssemos gasto o vencimento mensal e a partir dessa data, passássemos a viver de emprestado até ao dia 31. Há 40 anos essa data estava no início de novembro e há 20 foi a 29 de setembro. O ano passado ocorreu 3 dias mais tarde. Ou seja, é mau e está a piorar.
No passado dia 12/8 entrarem em greve os motoristas de matérias perigosas, com especial efeito na disponibilização dos combustíveis, um dos recursos do planeta que estamos a consumir largamente acima da sua reposição. A perspetiva de o país ficar a seco foi e é assustadora. Deixando de lado a espuma dos dias, da reação mais ou menos excessivamente musculada do governo e das questões eleitoralistas associadas à “gestão da crise” … pode ser uma boa forma de pensar no que representa o tal dia 29 de julho de 2019.
Está bem que temos e procuramos substituir os combustíveis fósseis e que sustentabilidade e economia circular são algo de que cada vez mais se fala, mas se cada qual pensar na forma como encarou a penúria potencial de combustíveis, dá para concluir que estamos ainda a muitas milhas de interiorizar o que realmente representa este viver a crédito e o quem vier atrás que feche a porta… se ela ainda se aguentar nas dobradiças.
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