Eu não devia estar aqui. Estou num hotel em Palm Beach e que não é o que se imagina pelo nome para quem não conhece, nem o que se imagina pela fama para quem conhece. Não é “a kind of Florida” nem um hotel suspeito, mas sim a melhor relação preço qualidade para hotel num raio de várias dezenas de quilómetros em torno de Argel. Tenho resistido ao estilo das crónicas do pitoresco mas desta vez não escapa.
Hoje pelas 12h45 apresentei-me no aeroporto de Argel para apanhar um voo para Madrid às 15h15, da Air Algérie, donde seguiria para Lisboa e a seguir para o Porto, onde deveria ter chegado um pouco tarde mas ainda a tempo de apanhar o meu pessoal para o fim-de-semana. O check-in estava parado e o pessoal de, pelo menos, 4 voos esperava em fila. Bem, não seria bem uma fila, eram umas 5 ou 6 em paralelo que se interpenetravam e sobre as quais nasciam umas arborescências e desaguavam uns caudais secundários. Ao fim de meia hora soube que havia uma espécie de greve dos controladores aéreos que atrasava a saída dos voos e que o check-in estava suspenso para não saturar a zona de embarque. Ao fim de 1h30 abriram um voo e eu continuei a esperar. Ao fim de duas horas e pico anunciaram então que abriam Madrid. Grande alívio mas de pouca dura. 5 minutos depois ouvi uns oficiais comentarem que Madrid estava anulado. Nestas confusões há uma prioridade: ser o primeiro a chegar ao balcão da confusão, o que consegui. O funcionário achava que só me tinha que dar alternativa até Madrid porque o resto era Tap, mas eu protestei e lá me arranjou um programa em que chegarei amanha à noite a Lisboa e apenas no domingo de manhã ao Porto. O hotel era com outro senhor e este outro senhor diz-me que não, que em caso de greve não é responsabilidade da companhia. E foge para o outro lado do aeroporto e eu vou atrás dele armado em chato mas ele insiste para eu desopilar e me desenrascar.
E aqui tinha um truque rápido na manga. Costumo pedir carro alugado à chegada que devolvo à partida. Quando chego, se tiver a sorte de o atraso do avião ser idêntico ao da entrega do carro, está bem. Senão espero os 20 minutos da praxe, minutos que costumam ter bastante mais do que os 120 segundos habituais. Na entrega é mais stressante. Ou telefono 10 vezes para o homem aparecer a tempo, ou deixo o carro no parque e levo a chave para Portugal, ou deixo a chave a uma “fille” do aeroporto – só tenho que saber qual… e de há uns tempos para cá tenho nova técnica: meto a chave na mala, fecho o carro e deixo-o assim. Infelizmente com os carros mais recentes, estes não fecham com a mala aberta e limito-me a deixar a chave debaixo do tapete da mala e o carro fica aberto… (isto é segredo…!!). Donde que saí de gás para ver se o carro ainda lá estaria e perfeito: foi só abrir a mala e tirar a chave debaixo do tapete e arrancar.A seguir soube pela agência em Portugal que não se entende porque não faço Lisboa Porto no sábado. Há 3 voos depois da minha hora de chegada a Lisboa e com lugares que o senhor não detectou. A caminho do hotel (este tal de Palm Beach) apanho um grande engarrafamento de “passeio de tristes” e com o depósito quase vazio. No final o hotel tem quarto disponível e às 17 horas estou a almoçar 4 espetadas e uma Coca-Cola numa espécie de esplanada em frente a uma espécie de praia. Pedi de peru e vieram de vaca, mas àquela hora a diferença era mínima.
Amanhã vou para o aeroporto cedinho esperando que o tal bilhete seja mesmo válido porque me parece que enganei o senhor quando lhe disse que eram eles que tinham que tratar da alternativa completa da viagem. Quando chegar a Lisboa ou altero o voo para sair no próprio dia para o Porto, ou alugo carro , ou arranjo lá hotel. Seja o que um deus quiser… Só espero não ter um Saturday Lisbon Fever. Oxalá…
Hoje pelas 12h45 apresentei-me no aeroporto de Argel para apanhar um voo para Madrid às 15h15, da Air Algérie, donde seguiria para Lisboa e a seguir para o Porto, onde deveria ter chegado um pouco tarde mas ainda a tempo de apanhar o meu pessoal para o fim-de-semana. O check-in estava parado e o pessoal de, pelo menos, 4 voos esperava em fila. Bem, não seria bem uma fila, eram umas 5 ou 6 em paralelo que se interpenetravam e sobre as quais nasciam umas arborescências e desaguavam uns caudais secundários. Ao fim de meia hora soube que havia uma espécie de greve dos controladores aéreos que atrasava a saída dos voos e que o check-in estava suspenso para não saturar a zona de embarque. Ao fim de 1h30 abriram um voo e eu continuei a esperar. Ao fim de duas horas e pico anunciaram então que abriam Madrid. Grande alívio mas de pouca dura. 5 minutos depois ouvi uns oficiais comentarem que Madrid estava anulado. Nestas confusões há uma prioridade: ser o primeiro a chegar ao balcão da confusão, o que consegui. O funcionário achava que só me tinha que dar alternativa até Madrid porque o resto era Tap, mas eu protestei e lá me arranjou um programa em que chegarei amanha à noite a Lisboa e apenas no domingo de manhã ao Porto. O hotel era com outro senhor e este outro senhor diz-me que não, que em caso de greve não é responsabilidade da companhia. E foge para o outro lado do aeroporto e eu vou atrás dele armado em chato mas ele insiste para eu desopilar e me desenrascar.
E aqui tinha um truque rápido na manga. Costumo pedir carro alugado à chegada que devolvo à partida. Quando chego, se tiver a sorte de o atraso do avião ser idêntico ao da entrega do carro, está bem. Senão espero os 20 minutos da praxe, minutos que costumam ter bastante mais do que os 120 segundos habituais. Na entrega é mais stressante. Ou telefono 10 vezes para o homem aparecer a tempo, ou deixo o carro no parque e levo a chave para Portugal, ou deixo a chave a uma “fille” do aeroporto – só tenho que saber qual… e de há uns tempos para cá tenho nova técnica: meto a chave na mala, fecho o carro e deixo-o assim. Infelizmente com os carros mais recentes, estes não fecham com a mala aberta e limito-me a deixar a chave debaixo do tapete da mala e o carro fica aberto… (isto é segredo…!!). Donde que saí de gás para ver se o carro ainda lá estaria e perfeito: foi só abrir a mala e tirar a chave debaixo do tapete e arrancar.A seguir soube pela agência em Portugal que não se entende porque não faço Lisboa Porto no sábado. Há 3 voos depois da minha hora de chegada a Lisboa e com lugares que o senhor não detectou. A caminho do hotel (este tal de Palm Beach) apanho um grande engarrafamento de “passeio de tristes” e com o depósito quase vazio. No final o hotel tem quarto disponível e às 17 horas estou a almoçar 4 espetadas e uma Coca-Cola numa espécie de esplanada em frente a uma espécie de praia. Pedi de peru e vieram de vaca, mas àquela hora a diferença era mínima.
Amanhã vou para o aeroporto cedinho esperando que o tal bilhete seja mesmo válido porque me parece que enganei o senhor quando lhe disse que eram eles que tinham que tratar da alternativa completa da viagem. Quando chegar a Lisboa ou altero o voo para sair no próprio dia para o Porto, ou alugo carro , ou arranjo lá hotel. Seja o que um deus quiser… Só espero não ter um Saturday Lisbon Fever. Oxalá…
2 comentários:
Já tive 23 horas num 5 estrelas em Casablanca à custa de coisas como essas... E já chegaste?
Um abraço.
Sim, no fim acabou tudo bem. Consegui em Argel o Lisboa - Porto para o sábado. Em Madrid a TAP tinha overbooking e passou-me para o voo directo Madrid - Porto e, para cúmulo, a Air Algérie saiu de Argel apenas com uma hora de atraso. Há dias felizes.
Abraço
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