A caminho de casa em dia de S. Martinho, vejo uma aldeia ali ao lado em festa, de igreja e ruas bem iluminadas. Depois do jantar pego na máquina fotográfica e vou ver de perto. Nas traseiras da igreja um enorme fogareiro assa quilos de castanhas. Pergunto quanto custa uma mão cheia e respondem-me que são oferecidas pela comissão de festas, assim como o copo do vinho que estão a distribuir lá atrás.
Trinco as castanhas regadas com o vinho novo e sinto algo estranho. Não paguei e, ainda mais estranho, não estou a ser objecto de nenhuma taxa ou imposto directo sobre este acto. Claro que no fundo não há castanhas grátis. Estas foram pagas pela vontade dos habitantes que contribuíram generosamente ao longo do ano e pelo trabalho voluntário da comissão de festas. E, sinceramente, espero não estar a dar ideias para o ano aparecer por lá um delegado das finanças a cobrar 20 cêntimos de taxa de S. Martinho por cada castanha oferecida, assim como confio que não se lembrem de o fazer retroactivamente como quando se lembraram agora que há mais de 2 anos eu paguei um IUC com mês e meio de atraso.
Enquanto circulava procurando captar a beleza das imagens do local, pensei que uma das vantagens que podemos ter nesses tempos de crise e de restrições é precisamente o valorizar e apreciar o que não tem preço nem factura e não me refiro naturalmente à economia paralela que foge ao IVA. Refiro-me a tudo o que de belo pode ser feito na terra, apenas pela vontade dos homens de boa vontade.
Trinco as castanhas regadas com o vinho novo e sinto algo estranho. Não paguei e, ainda mais estranho, não estou a ser objecto de nenhuma taxa ou imposto directo sobre este acto. Claro que no fundo não há castanhas grátis. Estas foram pagas pela vontade dos habitantes que contribuíram generosamente ao longo do ano e pelo trabalho voluntário da comissão de festas. E, sinceramente, espero não estar a dar ideias para o ano aparecer por lá um delegado das finanças a cobrar 20 cêntimos de taxa de S. Martinho por cada castanha oferecida, assim como confio que não se lembrem de o fazer retroactivamente como quando se lembraram agora que há mais de 2 anos eu paguei um IUC com mês e meio de atraso.
Enquanto circulava procurando captar a beleza das imagens do local, pensei que uma das vantagens que podemos ter nesses tempos de crise e de restrições é precisamente o valorizar e apreciar o que não tem preço nem factura e não me refiro naturalmente à economia paralela que foge ao IVA. Refiro-me a tudo o que de belo pode ser feito na terra, apenas pela vontade dos homens de boa vontade.
1 comentário:
15€ do IUC de 2008, por 2 meses de atraso! Estes "trocos" eles não se esquecem, nem prescrevem...
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