12 outubro 2022

Dura lex…


 É inquestionável que a existência de regras pré-definidas e aplicadas sem arbitrariedade é fundamental para a prosperidade e o sucesso. Já diziam os romanos que a lei, desde que exista, é para respeitar, por mais dura que seja, sem favores ou castigos discricionários. Todas as situações em que as sentenças são ajustadas e aptadas conforme o perfil do réu, são sinónimos de um sistema podre e condenado ao fracasso.

Isto vem a propósito das recentes polémicas com os negócios paralelos e familiares de ministros com o Estado, do qual o mais recente, com Pedro Nuno Santos, não deveria levantar a mais pequena dúvida. Conjuntamente com o pai ele detém mais de 10% da empresa, isso proíbe a celebração de contratos públicos e, segundo a dura lex, o ministro devia ser demitido. Qual é a dúvida? Não são necessários pareceres encomendados ou voluntários, frescos ou ressessos, para lançar uma névoa e acalmar o assunto até as primeiras páginas serem tomadas por novo “caso”. De notar que até já quase nem se fala do marido da ministra, associado de um cidadão chinês, anteriormente condenado por corrupção, a receber fundos comunitários, tutelados pela mulher, com o objetivo fantástico de desenvolver produtos de uso veterinário com água termal. Espírito inovador não falta!

E, sem dúvida, o crescimento dos populismos é um problema!

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