24 fevereiro 2020

Legislar pela saúde




Vimos recentemente no Parlamento uma discussão precipitada e, segundo vários especialistas, não suficiente refletida e ponderada sobre a legalização da eutanásia. Aparentemente haveria uma enorme urgência, a justificar essa pressa. Uma urgência difícil de entender, até porque apenas há quatro meses atrás, nenhum dos maiores partidos se deu ao trabalho de incluir este tema sensível e controverso nos seus programas e campanhas eleitorais.

Ao mesmo tempo, a ameaça do Corona vírus chega à Europa, não se sabendo muito bem como o combater, exceto tentando limitar a sua propagação, isolando pessoas e comunidades.

Portugal será um dos poucos países em que esse isolamento não pode ser imposto, dado que a quarentena compulsiva não tem enquadramento legal neste contexto.

Portanto, pensar em rever esse enquadramento legislativo como precaução contra uma eventual (certa?) chegada do vírus, não é prioritário; a eutanásia, essa sim. O sentido das prioridades para aquele pessoal em S. Bento não andará um pouco desalinhado dos anseios e necessidades da população que representa? Depois, queixem-se…

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