29 janeiro 2020

O dinheiro não tem cheiro



Há quem diga que sim, há quem diga que não, mas poucos serão os que apuram o olfato quando as notas passam à frente do nariz… e poucos se preocuparam com o “eventual” cheiro do dinheiro de Isabel dos Santos. Agora, com escândalo declarado, vemos uma precipitação que recorda a imagem dos ratos a fugirem do navio… Veremos no futuro, caso apareçam por aí outras notas com perfume duvidoso, como estará a sensibilidade dos narizes.

Para lá do que tudo o que agora se diz e agora se sabe, para lá do ridículo deste agora ser agora, há outro ridículo, que é o carater único e excecional atribuído ao fenómeno, como se este súbito cordão sanitário desse uma boa consciência, se bem que tardia, e mais vale tarde do que nunca…

Não! O que a família dos Santos fez ao longo de décadas em Angola, não é único daquela família nem daquele país. Não faltam por esse mundo fora, belas capitais europeias incluídas, transações e negócios relevantes com notas de cheiro suspeito.

Por outro lado, e mais importante, escala e contextos diversos, compras com dinheiro derivado de governação desonesta… não faltam, mesmo com origem neste nosso querido país. Vamo-nos escandalizar com isso também…? É possível?

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