Expressões como “aquele tempo era único” ou “hoje vivemos tempos singulares” normalmente traduzem alguma preguiça em procurar semelhanças e paralelismos entre o hoje e o ontem, vistos seja de trás para a frente, seja da frente para trás. Os tempos atuais nunca são, em geral, assim tão singulares. No entanto, fica sempre bem falar em transição…
Temos, por exemplo, a famosa transição energética, que até ficou agarrada a nome de Ministério. E quando se tenta justificar o absurdo de uma taxa de IVA razoável na energia elétrica ser apenas possível para potencias instaladas ridículas… fica bem, pensam eles, dizer que é um incentivo à melhoria da eficiência energética. Em França, quando Emmanuel Macron resolveu aumentar o imposto sobre os combustíveis e justificá-lo como um apoio à transição energética deu no que deu, não apenas por isso, mas foi um bom rastilho.
Temos os nossos caros deputados versão 5.0, para as quais a presença no hemiciclo já passou para o domínio do virtual. Uma transição significativa para a desmaterialização da governação.
Temos a transição de competências técnicas, como a definição do plano nacional de vacinação, para o parlamento, dominado por especialistas, excelentes na capacidade de fazer de conta que estão ou que sabem o que dizem ou que pensam no que fazem e exímios em declarar competências e CV’s para lá dos que a realidade da dura vida político-partidária permite. Fico à espera de ver os deputados definirem e votarem o número de pilares das próximas pontes rodoviárias. A transição para fazerem, desfazerem e refazerem programas de ensino, já foi realizada há bastante tempo e isso parece-me ser potencialmente pior do que o número de pilares nas pontes.
Temos ainda, por esta Europa fora e não só, a transição de votos para partidos de ideologia pouco democrática, basicamente porque o povo é estúpido e imprevisível, já que do lado dos políticos dos partidos tradicionais não houve transição nenhuma. Eles continuam com a falta de seriedade, competência e de frontalidade a que já estamos habituados há muito. Pela lógica, aqui não deveria haver nada de novo… mas há.
Temos, por exemplo, a famosa transição energética, que até ficou agarrada a nome de Ministério. E quando se tenta justificar o absurdo de uma taxa de IVA razoável na energia elétrica ser apenas possível para potencias instaladas ridículas… fica bem, pensam eles, dizer que é um incentivo à melhoria da eficiência energética. Em França, quando Emmanuel Macron resolveu aumentar o imposto sobre os combustíveis e justificá-lo como um apoio à transição energética deu no que deu, não apenas por isso, mas foi um bom rastilho.
Temos os nossos caros deputados versão 5.0, para as quais a presença no hemiciclo já passou para o domínio do virtual. Uma transição significativa para a desmaterialização da governação.
Temos a transição de competências técnicas, como a definição do plano nacional de vacinação, para o parlamento, dominado por especialistas, excelentes na capacidade de fazer de conta que estão ou que sabem o que dizem ou que pensam no que fazem e exímios em declarar competências e CV’s para lá dos que a realidade da dura vida político-partidária permite. Fico à espera de ver os deputados definirem e votarem o número de pilares das próximas pontes rodoviárias. A transição para fazerem, desfazerem e refazerem programas de ensino, já foi realizada há bastante tempo e isso parece-me ser potencialmente pior do que o número de pilares nas pontes.
Temos ainda, por esta Europa fora e não só, a transição de votos para partidos de ideologia pouco democrática, basicamente porque o povo é estúpido e imprevisível, já que do lado dos políticos dos partidos tradicionais não houve transição nenhuma. Eles continuam com a falta de seriedade, competência e de frontalidade a que já estamos habituados há muito. Pela lógica, aqui não deveria haver nada de novo… mas há.
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