Terei sido um dos muitos que ficou de boca aberta quando o nosso PM, no contexto de uma análise ao incêndio de Monchique, utilizou a palavra “sucesso”. É um pouco como, face aos destroços de um acidente aéreo, dizer aos familiares das vítimas que as melhorias na segurança aérea são um caso de sucesso.
Por um lado, há a questão objetiva de se faz sentido falar agora em sucesso. O que sabemos é que o clima tem sido muito favorável, mas bastaram uns dias de calor para vermos já um enorme incêndio descontrolado. Seria prudente esperar pelo final do verão, antes de tirar conclusões.
Depois, há o contexto. Na situação catastrófica e dramática que se vive por aqueles lados, e drama não é apenas a perda de vidas humanas, usar a palavra sucesso é de uma enorme insensibilidade ou pior.
Ainda, sobre o que está a acontecer, para lá das imagens da facilidade de apagar velinhas de aniversário, dos grandes planos dos desesperos e da inflação no número de especialistas que nesta altura brotam, gostava de ver informação objetiva. Onde começou, onde se atacou, por onde circulam os meios, onde se reacendeu, por onde evoluiu, tudo isto documentado com números concretos. Ou seja, ter informação objetiva sobre o que se está mesmo a passar. Não sendo assim, ficamos reduzidos aos shows: o dos media e das suas entrevistas emotivas no meio da fumarada e o das comunicações oficiais sempre iguais, proporcionando especulações, muitas dúvidas e fáceis manipulações.
Se, quando se estiver já na fase da cinza, se concluir terem existido falhas graves na coordenação, haja sensibilidade para tirar conclusões e assumir responsabilidades.
Por um lado, há a questão objetiva de se faz sentido falar agora em sucesso. O que sabemos é que o clima tem sido muito favorável, mas bastaram uns dias de calor para vermos já um enorme incêndio descontrolado. Seria prudente esperar pelo final do verão, antes de tirar conclusões.
Depois, há o contexto. Na situação catastrófica e dramática que se vive por aqueles lados, e drama não é apenas a perda de vidas humanas, usar a palavra sucesso é de uma enorme insensibilidade ou pior.
Ainda, sobre o que está a acontecer, para lá das imagens da facilidade de apagar velinhas de aniversário, dos grandes planos dos desesperos e da inflação no número de especialistas que nesta altura brotam, gostava de ver informação objetiva. Onde começou, onde se atacou, por onde circulam os meios, onde se reacendeu, por onde evoluiu, tudo isto documentado com números concretos. Ou seja, ter informação objetiva sobre o que se está mesmo a passar. Não sendo assim, ficamos reduzidos aos shows: o dos media e das suas entrevistas emotivas no meio da fumarada e o das comunicações oficiais sempre iguais, proporcionando especulações, muitas dúvidas e fáceis manipulações.
Se, quando se estiver já na fase da cinza, se concluir terem existido falhas graves na coordenação, haja sensibilidade para tirar conclusões e assumir responsabilidades.
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