Vamos supor que o Estado até consegue no dia-a-dia equilibrar receitas com despesas. Teríamos o problema do défice resolvido? Não, longe disso, e por três razões. É preciso reembolsar os desvarios e desperdícios de muitos anos de gastar à toa e não é fácil. É preciso pagar juros da dívida e quando as taxas de juro são superiores à riqueza gerada pela dívida contraída, como parece ser o caso, é uma espiral de endividamento. Precisamos ainda de investir em algo para termos mais riqueza amanhã e aqui pior do que o problema da disponibilidade de fundos é a incapacidade dos nossos governantes passados, actuais e potenciais futuros definirem e aplicarem investimento público realmente produtivo. Se a solução não gastar à toa, como no passado, continuar simplesmente a aumentar impostos e a sacar às vítimas mais acessíveis, esperando que um dia a equação feche, é no mínimo irrealista.
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