Leio que actualmente o Estado saca cerca de 37% da riqueza produzida em Portugal em impostos. Dentro da discussão do remédio para o famoso défice, que, recordando, é gastar mais do que o que se recebe, de novo vem a questão de onde sacar mais. E, obviamente, é simpático e popular dizer que “os ricos que paguem a crise” e até vi gente com bastante responsabilidade defender a ideia de taxar ainda mais excepcionalmente os altos rendimentos, supostamente imorais e privilegiados.
Acredito que se possam considerar excessivos alguns vencimentos mas quando se trata de uma esfera estritamente privada, de organizações que equilibram as suas contas sem direitos especiais de saque a terceiros, a que propósito o Estado tem que intervir/corrigir o assunto? Justiça fiscal? Mas, se os rendimentos mais altos já têm uma taxa mais elevada, o valor absoluto cobrado já é muitíssimo superior à média. Onde se atinge essa justiça fiscal? Quando o valor cobrado por impostos seja de tal progressivo que o rendimento líquido passe a ser comunitariamente igual para todos?! Acho que nem Mao Tse Tung se lembraria desta.
Não me choca que em situação excepcional haja impostos excepcionais, particularmente sobre o consumo de luxo, embora, como se sabe, a partir de um nível inibem o consumo e reduzem a receita absoluta. Mas, de uma vez por todas, o Estado que equilibre naturalmente as suas contas, gastando menos, como qualquer cidadão/organização responsável e acabe com o desplante desta postura de “Robin dos Bosques” em proveito próprio. Até que, por este andar, estamos a ver a definição de “rico” a alargar perigosamente, sempre, naturalmente, dentro do grupo dos que não conseguem brincar com sua declaração de rendimentos.
Acredito que se possam considerar excessivos alguns vencimentos mas quando se trata de uma esfera estritamente privada, de organizações que equilibram as suas contas sem direitos especiais de saque a terceiros, a que propósito o Estado tem que intervir/corrigir o assunto? Justiça fiscal? Mas, se os rendimentos mais altos já têm uma taxa mais elevada, o valor absoluto cobrado já é muitíssimo superior à média. Onde se atinge essa justiça fiscal? Quando o valor cobrado por impostos seja de tal progressivo que o rendimento líquido passe a ser comunitariamente igual para todos?! Acho que nem Mao Tse Tung se lembraria desta.
Não me choca que em situação excepcional haja impostos excepcionais, particularmente sobre o consumo de luxo, embora, como se sabe, a partir de um nível inibem o consumo e reduzem a receita absoluta. Mas, de uma vez por todas, o Estado que equilibre naturalmente as suas contas, gastando menos, como qualquer cidadão/organização responsável e acabe com o desplante desta postura de “Robin dos Bosques” em proveito próprio. Até que, por este andar, estamos a ver a definição de “rico” a alargar perigosamente, sempre, naturalmente, dentro do grupo dos que não conseguem brincar com sua declaração de rendimentos.
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