Da mesma forma que acho que só deve gozar férias quem trabalha, também acho que só deveria gozar o Carnaval – Carne Vale – Adeus à carne - quem a seguir realmente fizer quaresma. Grande heresia ? Talvez: ao fim e ao cabo toda a gente tem o direito de se divertir e o motivo de fundo é secundário…!
Estarei a exagerar, um pouquinho. Obviamente que para lá de os antecedentes do Carnaval poderem estar para lá desse antes da quaresma, também a sua história mais recente terá enraizado e contraído um significado próprio e desligado do pré-jejum.
Conheci um alemão que um mês por ano resolvia fazer um jejum de : álcool, tabaco, café e chocolate. Ignoro se fazia uma despedida no último dia antes de iniciar o ciclo, mas era uma forma de se convencer que podia viver sem esses 4 “vícios”.
Não, não o faço e também não celebro o Carnaval, mas no fundo não posso deixar de estar de acordo que o valor de muita coisa só se clarifica na sua carência/quaresma.
E, pode não ter muito a ver mas lembrei-me de um álbum do grande Chico Buarque de 1978 em que durante a ditadura el falava num “cálice”, invocando a censura do “Cale-se” e que incluía uma belíssima música de Silvio Rodrigues que só mais tarde aprendi a ler aquela história dos mortos da felicidade:
Estarei a exagerar, um pouquinho. Obviamente que para lá de os antecedentes do Carnaval poderem estar para lá desse antes da quaresma, também a sua história mais recente terá enraizado e contraído um significado próprio e desligado do pré-jejum.
Conheci um alemão que um mês por ano resolvia fazer um jejum de : álcool, tabaco, café e chocolate. Ignoro se fazia uma despedida no último dia antes de iniciar o ciclo, mas era uma forma de se convencer que podia viver sem esses 4 “vícios”.
Não, não o faço e também não celebro o Carnaval, mas no fundo não posso deixar de estar de acordo que o valor de muita coisa só se clarifica na sua carência/quaresma.
E, pode não ter muito a ver mas lembrei-me de um álbum do grande Chico Buarque de 1978 em que durante a ditadura el falava num “cálice”, invocando a censura do “Cale-se” e que incluía uma belíssima música de Silvio Rodrigues que só mais tarde aprendi a ler aquela história dos mortos da felicidade:
Vivo en un país libre
cual solamente puede ser libre
en esta tierra, en este instante
yo soy feliz porque soy gigante.
Amo a una mujer clara
que amo y me ama
sin pedir nada
o casi nada,
que no es lo mismo
pero es igual
Y si esto fuera poco,
tengo mis cantos
que poco a poco
muelo y rehago
habitando el tiempo,
como le cuadra
a un hombre despierto.
Soy feliz,
soy un hombre feliz,
y quiero que me perdonen
por este día
los muertos de mi felicidad.
tengo mis cantos
que poco a poco
muelo y rehago
habitando el tiempo,
como le cuadra
a un hombre despierto.
Soy feliz,
soy un hombre feliz,
y quiero que me perdonen
por este día
los muertos de mi felicidad.
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