Afinal, ao contrário do que eu pensava, parece que o fundamento para as polémicas recomendações do Cardeal Patriarca não está no deslumbramento cego da flor da idade. Parece ser mais um problema de meia-idade. As semelhanças com uma realidade serão pura coincidência, ou não, mas imaginemos a Mariazinha cabeleireira solteirona de Aldeia Nova de Baixo e a Zeza esteticista divorciada de Vila Franca de Cima, ambas nos quarenta e muito. Conheceram o Fouad e o Sofiane na net, arranjam dos dois lados uns trocos para irem de férias à Tunísia e a coisa pega. Poderiam ficar elas sabiamente pela memória das férias bem passadas mas não: querem casar! O Fouad e o Sofiane nem sabem onde vivem a Mariazinha e a Zeza mas… pertence à zona “Schengen”! Comparado com o batel clandestino que naufraga ou é interceptado na costa espanhola é um autêntico “jackpot” e vale bem alguns sacrifícios. Daqui para a frente fica um argumento para novela trágico-cómica.
Em regresso recente de Argel via Paris vi um casal desses no avião ao meu lado. Às vezes de mãos dadas e, mais raro, trocando uns beijinhos muito ligeiros e discretos. Ele nos 30’s com umas magnificas sapateiras/chuteiras brancas com as 3 riscas pretas da Adidas e um fato de treino preto, luzidio, com as famosas riscas também, agora em branco. Tudo a combinar! Ela assaz mais idosa, pesada, loura, mais loura nas pontas do que na raiz, com grandes anéis e pulseiras e uma maquilhagem que já não aderia (impunha-se em conflito a uma pele que não a aceitava).
Se já parecia pouco equilibrado, a refeição acabou com as dúvidas. A partir do momento em que lhe puseram o tabuleiro à frente, o rapaz ligou o motor dos maxilares e não mais os parou até o tabuleiro ficar limpo. O que variava era a quantidade de comida na boca, medida pelo volume da bochecha. O triangulo de queijo numa mão e o pão na outra, abocanhados alternadamente, com trincas maiores para o segundo, naturalmente. Uma espetadela do garfo no pacote de manteiga e metade do mesmo desce pela goela abaixo. O frango deve saber melhor quando é esfiado com as duas mãos e as lascas enfiadas na boca em movimentos rápidos com indicador e polegar em pinça.
Pois é, o guardanapo, a faca e o garfo são um teste infalível e muito, muito representativo.
Em regresso recente de Argel via Paris vi um casal desses no avião ao meu lado. Às vezes de mãos dadas e, mais raro, trocando uns beijinhos muito ligeiros e discretos. Ele nos 30’s com umas magnificas sapateiras/chuteiras brancas com as 3 riscas pretas da Adidas e um fato de treino preto, luzidio, com as famosas riscas também, agora em branco. Tudo a combinar! Ela assaz mais idosa, pesada, loura, mais loura nas pontas do que na raiz, com grandes anéis e pulseiras e uma maquilhagem que já não aderia (impunha-se em conflito a uma pele que não a aceitava).
Se já parecia pouco equilibrado, a refeição acabou com as dúvidas. A partir do momento em que lhe puseram o tabuleiro à frente, o rapaz ligou o motor dos maxilares e não mais os parou até o tabuleiro ficar limpo. O que variava era a quantidade de comida na boca, medida pelo volume da bochecha. O triangulo de queijo numa mão e o pão na outra, abocanhados alternadamente, com trincas maiores para o segundo, naturalmente. Uma espetadela do garfo no pacote de manteiga e metade do mesmo desce pela goela abaixo. O frango deve saber melhor quando é esfiado com as duas mãos e as lascas enfiadas na boca em movimentos rápidos com indicador e polegar em pinça.
Pois é, o guardanapo, a faca e o garfo são um teste infalível e muito, muito representativo.
2 comentários:
lol Adidas do 1er mai, não?!
Cara expatriada
Não sei se seriam daí ou, eventualemente, de outro local até menos central.
De qualquer forma, como eu disse, tinham as três riscas da Adidas e isso não é equivalente a serem mesmo Adidas...
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