Disse H. Chavez com toda a força um destes dias, como se o “Estado” e os seus servidores fossem o garante de que a riqueza (ainda) criada por essas empresas ficaria no “povo”. Vai ter um fim triste esta história, está-se mesmo a ver…
O nosso primeiro também decretou: “Nacionalize-se a Cosec!”. Para lá da trapalhada de os donos não estarem informados e de acordo conforme anunciado, pensemos no significado. A Cosec faz seguros de crédito. Se eu vender algo ao Zé das Estepes no Tartaristão, se ele estiver coberto por seguro e não pagar a factura, o seguro compensa-me.
Mas, um seguro não é uma árvore das patacas que se abana quando houver um acidente para nos indemnizar. O seguro é uma partilha de riscos. De uma forma simplificada, se em cada 1000 casas, há uma que é roubada por ano, cada qual pagará 1/1000, não é muito, e o desgraçado que for roubado recebe a colecta, ficando menos desgraçado.
Obviamente que se eu pedir um seguro automóvel “todos os riscos” para atravessar um teatro de guerra, a seguradora poder-se-á recusar ou debitar-me um prémio que paga logo o carro. Ou seja, se a probabilidade de vir a pedir uma indemnização é muita alta, deixa de fazer sentido a partilha probabilística do risco. Se o atrás referido Zé das Estepes for um caloteiro que está há 6 meses sem pagar as suas contas, é lógico que eu não vou conseguir um seguro de crédito para essa venda, dado que há uma elevadíssima probabilidade de dar “acidente”.
O que é aconteceu aos seguros de crédito com a “crise”? As seguradoras, exagerando ou não, defenderam-se e classificaram muita gente como “Zé das Estepes”.
A Cosec é líder em Portugal mas não é monopolista. Há outras alternativas. Nenhuma empresa é obrigada a vender com seguro. Pode assumir o risco ela mesma ou procurar formas alternativas de assegurar a cobrança como cartas de crédito, remessas documentárias, etc. O que não faz sentido é “forçar” a que a seguradora me faça o tal seguro automóvel a preço normal quando eu vou atravessar uma zona de guerra.
Como é que então uma seguradora nacionalizada poderia ajudar às exportações? Sendo mais tolerante, menos restritiva? Sim… mas se o seguro deixa de ser a tal partilha de riscos e as indemnizações pagas ficam superiores aos prémios recebidos, alguém terá que pagar a diferença certo? Se for público, pagará… o outro Zé!
O nosso primeiro também decretou: “Nacionalize-se a Cosec!”. Para lá da trapalhada de os donos não estarem informados e de acordo conforme anunciado, pensemos no significado. A Cosec faz seguros de crédito. Se eu vender algo ao Zé das Estepes no Tartaristão, se ele estiver coberto por seguro e não pagar a factura, o seguro compensa-me.
Mas, um seguro não é uma árvore das patacas que se abana quando houver um acidente para nos indemnizar. O seguro é uma partilha de riscos. De uma forma simplificada, se em cada 1000 casas, há uma que é roubada por ano, cada qual pagará 1/1000, não é muito, e o desgraçado que for roubado recebe a colecta, ficando menos desgraçado.
Obviamente que se eu pedir um seguro automóvel “todos os riscos” para atravessar um teatro de guerra, a seguradora poder-se-á recusar ou debitar-me um prémio que paga logo o carro. Ou seja, se a probabilidade de vir a pedir uma indemnização é muita alta, deixa de fazer sentido a partilha probabilística do risco. Se o atrás referido Zé das Estepes for um caloteiro que está há 6 meses sem pagar as suas contas, é lógico que eu não vou conseguir um seguro de crédito para essa venda, dado que há uma elevadíssima probabilidade de dar “acidente”.
O que é aconteceu aos seguros de crédito com a “crise”? As seguradoras, exagerando ou não, defenderam-se e classificaram muita gente como “Zé das Estepes”.
A Cosec é líder em Portugal mas não é monopolista. Há outras alternativas. Nenhuma empresa é obrigada a vender com seguro. Pode assumir o risco ela mesma ou procurar formas alternativas de assegurar a cobrança como cartas de crédito, remessas documentárias, etc. O que não faz sentido é “forçar” a que a seguradora me faça o tal seguro automóvel a preço normal quando eu vou atravessar uma zona de guerra.
Como é que então uma seguradora nacionalizada poderia ajudar às exportações? Sendo mais tolerante, menos restritiva? Sim… mas se o seguro deixa de ser a tal partilha de riscos e as indemnizações pagas ficam superiores aos prémios recebidos, alguém terá que pagar a diferença certo? Se for público, pagará… o outro Zé!
2 comentários:
Não deixa de ter alguma razão na sua reflexão mas pelo que sei. O que vai acontecer é que depois de o estado entrar no capital da Cosec, vai-se duplicar o limite Euler, ou seja, se o Ze das estepes tem credito 10 então passa a ter credito 20, mas se o Ze tem limte de credito 0 continua a ter 0. As regras de atribuição de credito continuam a ser as mesmas.
Na minha opinião, na situação actual faz mais sentido gastar o dinheiro público a potenciar as exportações, que dar cobertura ao credito dos bancos que depois multiplicam por 5 os spreads dos emprestimos.
Se as exportações baixam e as empresas começarem a fechar também vão aumentar os custos do estado!
MMoura
Marco
Se o Zé das Estepes não pagar, quem paga os 10 ou os 20 "boostados" serão os restantes segurados... ou outro Zé,
No fim, é sempre uma aritmética simples, não é?
Enviar um comentário