Eluana Englaro "morreu" após 17 anos sem vida. E apanhou distraídos uns certos guardiões, não sei bem de quê, que se entretinham ainda a argumentar, procurarando anular a autorização legal e tentando cinicamente "salvá-la".
Não há a mínima dúvida científica sobre a completa irreversibilidade de certas lesões cerebrais e estes 17 anos de Eluana e de tantos outros idênticos não podem ser considerados "vida".
Só quem nunca presenciou o vazio atroz destas "existências" e a semi-morte que o convivo diário dos seus próximos com elas representa poderá usar a palavra vida neste contexto. Quem nunca viu pode fazer um esforço e imaginar. Ou então, passar uma semana junto a um deles e, em seguida, tentar imaginar o que serão 5, 10 ou 15 anos.
Não, decididamente não! Não basta respirar para viver.
1 comentário:
Foi de um infelicidade incomum o teor daquela glosa.
A uma, a vida não é apenas do corpo físicó, transcende-o daí sua natural "sobrevivência", intulado com alma, espírito, self, ou como queira, não imposta o rótulo, o que importa é o conteúdo. os físicos americanos falam em "energia" post mortem. A duas, assim, só Deus tem o direito de "matar". Eis a Lei Universal irrevogável, embora os orgulhosos e egoístam o façam, talvez sem mensurar, o grande manacial de sofrimento que lhes aguarda num futuro não tão longíquo. Respeito o seu argumento. Mas padece de uma melhor reflexão.
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