Há aquela imagem dos habitantes de uma aldeia nos confins da África árida, martirizados pela falta de água, que quando vêm um esboço de uma nuvem no horizonte, desatam a cantar e a dançar “Vem chuva, vem chuva!!!”.
Infelizmente a euforia não dura muito, porque rapidamente a nuvem se dissipa e ficam de novo entregues à angústia e à inclemência da secura.
É disto que me lembro quando vejo o histórico da evolução do PSI 20, conforme imagem acima. A diferença é que aqui ninguém chega mesmo a “ver” um sinal de mudança que dispare o optimismo. É muito mais difuso. Até pode haver uma notícia má, mas como na véspera já “tinha sido descontada” e o facto de não ser pior do que o previsto, já se torna positivo e pode servir para animar. Enfim, o desespero raramente é racional.
O que se está assistir é a um fim de festa, tipo esquema D. Branca a cair. Com uma diferença, ilustrada por outra imagem.
Se alguém assassinar uma pessoa será severamente julgado e sofrerá a pena máxima sem piedade; se matar uma dúzia de pessoas pode ficar unicamente pelo internamento num hospital psiquiátrico; se matar uns milhares, com um pouco de sorte, pode ficar apenas com um exílio (isto é anterior ao TPI).
Quando a D. Branca cai, azar dos ingénuos que ficaram a arder. Quando são tantos e tantos bancos, o super liberal estado americano propõe-se digerir os cacos (evidentemente que não estão apenas em causa os “bancos”; as ondas de choque chegarão muito longe).
Neste momento não sei se o tal pacote de ajuda estatal será aprovado ou não, mas uma coisa sei: não se irá aprender. Depois do estouro da Enrons e afins que disciplinou as empresas cotadas e depois deste estouro que irá pôr alguma ordem nestes “financiamentos de risco”, alguma coisa será criada para dar a ilusão de crescimento que um balão a ser cheio de ar transmite. Estava mesmo, mesmo excelente no segundo antes de estourar. Os investidores criativos e os jogadores financeiros não acabarão.
PS: E era por aqui que diziam que eu devia aplicar as minhas poupanças para a reforma porque o Estado podia falir? Sim…. sim…
Infelizmente a euforia não dura muito, porque rapidamente a nuvem se dissipa e ficam de novo entregues à angústia e à inclemência da secura.
É disto que me lembro quando vejo o histórico da evolução do PSI 20, conforme imagem acima. A diferença é que aqui ninguém chega mesmo a “ver” um sinal de mudança que dispare o optimismo. É muito mais difuso. Até pode haver uma notícia má, mas como na véspera já “tinha sido descontada” e o facto de não ser pior do que o previsto, já se torna positivo e pode servir para animar. Enfim, o desespero raramente é racional.
O que se está assistir é a um fim de festa, tipo esquema D. Branca a cair. Com uma diferença, ilustrada por outra imagem.
Se alguém assassinar uma pessoa será severamente julgado e sofrerá a pena máxima sem piedade; se matar uma dúzia de pessoas pode ficar unicamente pelo internamento num hospital psiquiátrico; se matar uns milhares, com um pouco de sorte, pode ficar apenas com um exílio (isto é anterior ao TPI).
Quando a D. Branca cai, azar dos ingénuos que ficaram a arder. Quando são tantos e tantos bancos, o super liberal estado americano propõe-se digerir os cacos (evidentemente que não estão apenas em causa os “bancos”; as ondas de choque chegarão muito longe).
Neste momento não sei se o tal pacote de ajuda estatal será aprovado ou não, mas uma coisa sei: não se irá aprender. Depois do estouro da Enrons e afins que disciplinou as empresas cotadas e depois deste estouro que irá pôr alguma ordem nestes “financiamentos de risco”, alguma coisa será criada para dar a ilusão de crescimento que um balão a ser cheio de ar transmite. Estava mesmo, mesmo excelente no segundo antes de estourar. Os investidores criativos e os jogadores financeiros não acabarão.
PS: E era por aqui que diziam que eu devia aplicar as minhas poupanças para a reforma porque o Estado podia falir? Sim…. sim…
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