Foi um acontecimento bem explorado mediaticamente terem estado Manuel Alegre e Francisco Louçã juntos na defesa das esquerdas, dos "Abris" e dos Maios etc. Eu reconheço a nobreza de muitos desses princípios e apoio sem hesitações a justiça e a solidariedade sociais. Só que essas palavras valem pouco se não houver criação e a repartição de riqueza. Solidariedade entre falidos não tira ninguém da falência. Por isso, ao governo devem ser pedidas contas sobre o não criar condições para o desenvolvimento e por não aplicar com bom critério os recursos que tem à sua disposição.
Apenas fazer belas declarações recordando Abril pode ser bonito, mas esquecer de que estivemos a gastar mais do que ganhávamos e que isso é insustentável e injusto para as próximas gerações é autismo. Discutam sim mas com ideias, com alternativas concretas e não palavrões de cassete. Construa-se e deixe-se de falar para a fotografia…
Para as próximas eleições teremos Sócrates e Ferreira Leite discutindo pormenores e histórias mas num registo realista, fatalmente próximo e evidentemente muito longe desse discurso. Em quem votarão esses órfãos desencantados? Quem seriamente poderá apresentar-se como candidato a primeiro-ministro que não afectará professores, médicos, polícias, agricultores e por aí fora, solidariamente de mãos largas, distribuindo, distribuindo? Acho que não haverá nenhum “credível” (como agora é moda dizer-se) porque, apesar de tudo, lá no fundo, no fundo, ninguém acredita no Pai Natal.
Apenas fazer belas declarações recordando Abril pode ser bonito, mas esquecer de que estivemos a gastar mais do que ganhávamos e que isso é insustentável e injusto para as próximas gerações é autismo. Discutam sim mas com ideias, com alternativas concretas e não palavrões de cassete. Construa-se e deixe-se de falar para a fotografia…
Para as próximas eleições teremos Sócrates e Ferreira Leite discutindo pormenores e histórias mas num registo realista, fatalmente próximo e evidentemente muito longe desse discurso. Em quem votarão esses órfãos desencantados? Quem seriamente poderá apresentar-se como candidato a primeiro-ministro que não afectará professores, médicos, polícias, agricultores e por aí fora, solidariamente de mãos largas, distribuindo, distribuindo? Acho que não haverá nenhum “credível” (como agora é moda dizer-se) porque, apesar de tudo, lá no fundo, no fundo, ninguém acredita no Pai Natal.
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