Os rios tornam-se doces quando se aproximam do mar, salgado por sinal. Apesar de a estrada não melhorar em nada e algumas travessias serem piores do que uma ruína, os horizontes abrem. Renques de árvores cortam o vento e delimitam os terrenos, um pouco à imagem da Camargue da Provence francesa. Antes de Relizane, cometo uma infidelidade. Abandono a RN 4 para apanhar uma estrada secundária em direcção a Mostaganem, mais deserta e mais rápida. Atravessa uma longa extensão plana e em parte salgada. Um mundo à parte e, por qualquer motivo inexplicável, com uma concentração de barracas de venda de carneiros. Estão pendurados numas construções assaz precárias, bem embrulhados, só com a cauda de fora e não depilada. Alguns clientes param e lá trazem o embrulho ao colo para o carro.
E a estrada sobe para atacar a ultima elevação antes do mar...
2 comentários:
Com a água que me nasceu na boca espero que, quando por cá passares, me mostres a reportagem completa ... devidamente comentada.
Ofereço o queijo da serra, as bolachas e o Quinta do Esporão.
Boa viagem.
Zé SC
Bom.. fica registada a oferta para ser cobrada.
E quanto ao teu interesse pela viagem, olha que posso sempre emprestar-te o meu mapa :)!
E ainda, se vieres cá, ofereço-te um "Coteaux de Mascara" a acompanhar uma cabeça de carneiro assada no espeto lá no meu talho. Diz o homem que as lasquitas de carne ali à volta dos dentes e dos olhos são um pitéu divinal. Eu ainda não provei...
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