Como introdução, a expressão “haram” usa-se para caraterizar o que é inaceitável e contrário à lei islâmica, em oposição ao “halal”, o que é aceite e permitido.
Este título e introdução denunciam que o tema é o dos
milhares de pagers Hezbollah, acrescentados depois os walkie talkies, que
explodiram esta semana nas mãos dos membros, simpatizantes e próximos desse
movimento terrorista, “satélite” do regime iraniano.
Aparentemente os pagers eram de conceção (antiga) de uma
empresa taiwanesa, licenciados a uma empresa húngara que não tinham instalações
industriais. Os rádios também antigos e descontinuados tinham origem original no
Japão.
Pelo que vi, não se sabe ao certo onde os equipamentos
efetivamente foram efetivamente produzidos, provavelmente numa “grey zone”,
mais ou menos oficial, mais ou menos pirateados, mas, pelos vistos, a Mossad
saberia.
Para lá das discussões sobre os méritos e oportunidade ou
(des)propósito da operação, a mesma põe a nu uma grande fragilidade destes
“ativistas”, que é um enorme défice de conhecimento e de tecnologia. De facto,
eles apregoam o seu ódio e rejeição a tudo o que Ocidente cria, classificando-o
como “haram”, mas, aparentemente, não existem fabricantes nem tecnologias,
mesmo com um atraso de algumas décadas, “halal”.
Para lá dos estragos e impactos físicos e morais que a
espetacular operação provocou, fica a frustração de não haver pagers “halal”,
concebidos e criados conforme os princípios anacrónicos e desunhamos dos
salafistas, que querem colocar o mundo a viver como há 14 séculos atrás.
Efetivamente, nessa altura não havia pagers, nem outras coisas que, no entanto,
eles não prescindem de utilizar nessa missão do “ò tempo volta para trás”. Tem
lógica? Depende…
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