Tinha lá por casa um livro de crónicas perdido, num andar superior de uma estante e que não se me mostrava facilmente. O Pai Natal trouxe-me o aqui representado e foi o momento de ler os dois, do mesmo autor, Germano Silva.
O Porto, é o Porto. Uma frase que de concreto pouco diz. O
Porto não é uma cidade de monumentos vistosos e de abasbacar. É uma cidade
feita da grandeza de simples e frontal gente, de pequenas e significativas
histórias, que lhe traçam no granito a identidade.
As crónicas de Germano Silva são simples histórias, de
pequenos episódios, de perdidos recantos, de discretas passagens, mas de onde
se constrói um belo quadro da chamada antiga, mui nobre, sempre leal e Invicta.
São pequenas histórias, mas muitas e diversas, ricas
precisamente por essa diversidade e por um fio condutor que nos desvela o ser
da urbe. Há quem diga que “a vida é feita de pequenos nadas”; uma cidade é
feita, e muito, de pequenas histórias. Obrigado Germano Silva. Não voltamos a
olhar para as ruelas e calçadas da mesma forma depois de o ler.
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