Esta expressão atribuída a Lenine, sem garantias quanto à origem,
era aplicada àqueles ocidentais que promoviam os regimes comunistas, úteis,
fazendo vista grossa aos seus defeitos e inventando qualidades inexistentes,
idiotas.
Parecem não ser uma espécie em vias de extinção. Na situação
atual da invasão dramática da Ucrânia pela Rússia, continuam a existir idiotas
que se recusam a condenar a barbaridade ou, um pouco mais suavemente,
acrescentam uns “mas”, apontando alguma coresponsabilidade do “imperialismo
ocidental”.
Alguns fatos. Quais as ações militares ofensivas realizadas
pela Nato na Europa contra um país soberano? Zero. E do lado da URSS/Rússia? Hungria,
Checoslováquia, Geórgia, Ucrânia Crimeia e agora Ucrânia global. Algum país foi
condicionado para aderir à Nato ou ameaçado caso a abandonasse? Não. Quiseram
aderir livremente por receio do vizinho russo e Putin acaba confirmar a
pertinência dessa preocupação.
Há seis meses atrás qual era a dinâmica da Nato – ativa,
ameaçadora? Não. Falava-se mesmo em “morte cerebral”, tão letárgico era o seu
animo. De há uns anos para cá que os EUA reduziram o seu interesse pela Europa.
O seu grande adversário já não é a Rússia e passou a ser a China. O teatro principal
na disputa pela influência planetária deixou estas paragens e mudou-se para o
Pacífico. Ter-se-á Putin sentido menorizado, despromovido de divisão e arranjou
esta desgraça toda só para mostrar que o mundo tem que contar com ele e voltar
a ver uma Rússia na primeira linha…? “Make Russia great again!?
Se assim foi, falhará o objetivo. A Rússia vai sair desta
barbaridade ainda mais irrelevante e diminuída. A única grandeza que lhe restará
será o seu arsenal nuclear… e, quanto a isto, só nos restar “esperar que os
russos também amem os seus filhos”.
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