Há quem mate brutalmente (será que existem assassinatos delicados?) em nome de uma guerra santa que começou há 14 séculos. Agora, na Nova Zelândia, alguém matou invocando o outro lado dessa guerra, situando-se uns séculos mais à frente. A guerra é a mesma, mas há um pormenor relevante, o não estarmos na Idade Média e ser claro e assumido pela larga maioria que o “não matarás” é um valor, mais do que religioso, inquestionável na cultura em que vivemos.
Estaremos às portas de uma guerra de civilizações, de um reeditar das conquistas e cruzadas, como alguns gostam de evocar e de com isso excitar espíritos, com motivações diversas? Penso que não. Uma guerra envolve duas partes que falam a mesma linguagem bélica.
O crescimento da xenofobia no mundo ocidental, seja enquadrada em organizações institucionais, seja a partir de movimentos espontâneos, irá desenvolver uma atitude bélica cristã/ocidental e proporcionar a tal guerra? Sinceramente, penso que não. Os espontâneos e os clandestinos, serão sempre e apenas isso, espontâneos e clandestinos, e, por mais execráveis que sejam os movimentos organizados públicos com discursos xenófobos e racistas, não os estou a ver a financiarem a compra de armas e a criarem essa dinâmica bélica em escala que se veja.
Significa isto que não há perigo de escalada e que podemos deixar essa gente à vontade, a odiar e a criar ódios, mesmo que mais do que um processo de endoutrinamento social esteja simplesmente em causa o acesso ao poder? Obviamente que não. Nem todos os crimes são de sangue. No entanto, ingénuo ou otimista, acredito que há partes da história que não se repetem e que a sociedade atual ocidental tem indelével nos seus valores que o sangue não faz parte da linguagem nem do caminho. Não acredito numa guerra de sangue, mas há outras batalhas a travar e muito particularmente para garantir o caráter indelével destes nossos valores.
Estaremos às portas de uma guerra de civilizações, de um reeditar das conquistas e cruzadas, como alguns gostam de evocar e de com isso excitar espíritos, com motivações diversas? Penso que não. Uma guerra envolve duas partes que falam a mesma linguagem bélica.
O crescimento da xenofobia no mundo ocidental, seja enquadrada em organizações institucionais, seja a partir de movimentos espontâneos, irá desenvolver uma atitude bélica cristã/ocidental e proporcionar a tal guerra? Sinceramente, penso que não. Os espontâneos e os clandestinos, serão sempre e apenas isso, espontâneos e clandestinos, e, por mais execráveis que sejam os movimentos organizados públicos com discursos xenófobos e racistas, não os estou a ver a financiarem a compra de armas e a criarem essa dinâmica bélica em escala que se veja.
Significa isto que não há perigo de escalada e que podemos deixar essa gente à vontade, a odiar e a criar ódios, mesmo que mais do que um processo de endoutrinamento social esteja simplesmente em causa o acesso ao poder? Obviamente que não. Nem todos os crimes são de sangue. No entanto, ingénuo ou otimista, acredito que há partes da história que não se repetem e que a sociedade atual ocidental tem indelével nos seus valores que o sangue não faz parte da linguagem nem do caminho. Não acredito numa guerra de sangue, mas há outras batalhas a travar e muito particularmente para garantir o caráter indelével destes nossos valores.
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