Imediatamente após a eleição de D. Trump, era óbvio que a impreparação e os (a falta de) princípios do senhor constituíam um perigo potencial enorme. Pequena consolação seria isto acontecer nos EUA, onde há regras, cumprimento efetivo das mesmas, poderes e controlo dos mesmos, enquadrando e limitando o que mesmo um Presidente pode fazer.
Curiosamente, até hoje, foi maior a polémica com o que ele anunciou e a forma como o disse, do que o mal realmente foi feito. A decisão recente de rasgar o acordo com o Irão será talvez a sua pior e mais triste “iniciativa concreta”, pela dimensão e pelas possíveis consequências.
Para começar diz que o acordo é mau e quer melhorá-lo, dispensando-se de especificar o que quer alterar e melhorar. Estamos conversados. O objetivo real é prejudicar o Irão e diminuir a sua influência no Médio Oriente, em benefício dos seus rivais, na minha opinião muito mais as monarquias do Golfo, especialmente a Arábia Saudita, do que Israel. Este faciosismo dos EUA, para o qual pretende arrastar a Europa, é mau, muito mau…
O Irão nunca aceitará um estatuto de menoridade. Tudo o que seja forçá-lo nessa direção, apenas ajudará as fações internas mais radicais, que o querem manter como pária do mundo onde a maioria da sua população quer viver. E merecem. Os iranianos e as iranianas merecem viver com mais liberdade e a história já devia ter ensinado que não é acossando por fora que isso acontece, muito especialmente num país com a dimensão, história e personalidade da antiga Pérsia. Tem que ser por dentro e isso estava em curso.
O projeto hegemónico da Arábia Saudita agudizou o conflito Sírio, está há 3 anos a massacrar o desgraçado Iémen, tentou, sem sucesso, destabilizar o Líbano e procurou isolar e submeter os primos do Qatar. Com argumentos que talvez um dia se conheçam, empurrou Trump a destruir o processo de normalização do Irão. O preço é elevado.
PS: Será mais útil e coerente dar tempo de antena ao iluminado da Coreia do Norte!?
Curiosamente, até hoje, foi maior a polémica com o que ele anunciou e a forma como o disse, do que o mal realmente foi feito. A decisão recente de rasgar o acordo com o Irão será talvez a sua pior e mais triste “iniciativa concreta”, pela dimensão e pelas possíveis consequências.
Para começar diz que o acordo é mau e quer melhorá-lo, dispensando-se de especificar o que quer alterar e melhorar. Estamos conversados. O objetivo real é prejudicar o Irão e diminuir a sua influência no Médio Oriente, em benefício dos seus rivais, na minha opinião muito mais as monarquias do Golfo, especialmente a Arábia Saudita, do que Israel. Este faciosismo dos EUA, para o qual pretende arrastar a Europa, é mau, muito mau…
O Irão nunca aceitará um estatuto de menoridade. Tudo o que seja forçá-lo nessa direção, apenas ajudará as fações internas mais radicais, que o querem manter como pária do mundo onde a maioria da sua população quer viver. E merecem. Os iranianos e as iranianas merecem viver com mais liberdade e a história já devia ter ensinado que não é acossando por fora que isso acontece, muito especialmente num país com a dimensão, história e personalidade da antiga Pérsia. Tem que ser por dentro e isso estava em curso.
O projeto hegemónico da Arábia Saudita agudizou o conflito Sírio, está há 3 anos a massacrar o desgraçado Iémen, tentou, sem sucesso, destabilizar o Líbano e procurou isolar e submeter os primos do Qatar. Com argumentos que talvez um dia se conheçam, empurrou Trump a destruir o processo de normalização do Irão. O preço é elevado.
PS: Será mais útil e coerente dar tempo de antena ao iluminado da Coreia do Norte!?
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