Estava eu à espera que a poeira assentasse um pouco mais antes de me pronunciar sobre o caso, mas como acho que ainda vai demorar bastante tempo avanço algumas questões e reflexões.
Ainda não vi claramente os motivos objectivos para os dois chumbos iniciais e a aprovação final do Freeport. Houve mudança objectiva no projecto, ou para o mesmo projecto, foram usados critérios diferentes? A decisão de última hora tomada pelo governo em saída foi apenas motivada pela vontade de deixar a casa arrumada?
Face à dimensão do projecto e ao encravamento verificado, não é de estranhar que andassem notas gordas pelo ar, pedidas ou oferecidas, e que algumas tenham efectivamente aterrado algures, candidatos não faltariam. Agora, se houve favor político remunerado, certamente que o aeroporto das notas não terá sido a conta particular de José Sócrates, grande ingenuidade nisso pensar, mas uma coisa chamada financiamento do PS, por canais mais ou menos tortuosos.
E será pura coincidência a reabertura agora do processo de adjudicação do SIRESP na última hora do governo de Santana Lopes, à Sociedade Lusa de Negócios, muito próxima do PSD? Negócio onde ainda falta saber muita coisa, para lá do simples desconto de 100 milhões de Euros obtidos em simples renegociação pelo governo seguinte.
Uma coincidência que me faz recordar os processos nos anos 90, curiosamente também simultâneos, de Costa Freire (PSD) e Carlos Melancia (PS). Esperemos pois pelo desaparecimento da poeira e que a justiça desfaça esta tradição de empates tácticos.
Ainda não vi claramente os motivos objectivos para os dois chumbos iniciais e a aprovação final do Freeport. Houve mudança objectiva no projecto, ou para o mesmo projecto, foram usados critérios diferentes? A decisão de última hora tomada pelo governo em saída foi apenas motivada pela vontade de deixar a casa arrumada?
Face à dimensão do projecto e ao encravamento verificado, não é de estranhar que andassem notas gordas pelo ar, pedidas ou oferecidas, e que algumas tenham efectivamente aterrado algures, candidatos não faltariam. Agora, se houve favor político remunerado, certamente que o aeroporto das notas não terá sido a conta particular de José Sócrates, grande ingenuidade nisso pensar, mas uma coisa chamada financiamento do PS, por canais mais ou menos tortuosos.
E será pura coincidência a reabertura agora do processo de adjudicação do SIRESP na última hora do governo de Santana Lopes, à Sociedade Lusa de Negócios, muito próxima do PSD? Negócio onde ainda falta saber muita coisa, para lá do simples desconto de 100 milhões de Euros obtidos em simples renegociação pelo governo seguinte.
Uma coincidência que me faz recordar os processos nos anos 90, curiosamente também simultâneos, de Costa Freire (PSD) e Carlos Melancia (PS). Esperemos pois pelo desaparecimento da poeira e que a justiça desfaça esta tradição de empates tácticos.
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