A famosa flotilha de Gaza parece ter ajustado e apontado o
calendário para chegar ao real destino, ponto de interseção, na data do Yom
Kippur, o dia mais sagrado do judaísmo, algo equivalente ao Natal dos cristãos.
Há um precedente. Em 1973 Anwar Al Sadat, presidente do Egito, lançou a última
guerra do seu país contra Israel nesta data e estes, mal informados ou com
excesso de confiança, decidiram não “estragar” os festejos dos seus soldados em
larga escala e sofreram um rude golpe inicial.
No final o Egito perdeu a guerra, mas de forma mais honrada
do que a da humilhação da anterior guerra dos seis dias. Na altura era uma
guerra de soldados e de tanques. Não de bombardeamentos a civis nem de
pseudo-hospitais como bases militares
Em 1977 Sadat visitava Israel, houve os acordos de Camp
David em 1978 e finalmente o tratado de paz em 1979. Foi o primeiro passo para
a pacificação entre as várias nações da região, chegando posteriormente mesmo à
OLP de Arafat em Oslo, em 1993.
Em 1981 Sadat morre assassinado por jihadistas que não lhe
perdoaram a paz. Yitzhak Rabin também pagaria com a vida a sua opção pela paz.
Se alguém pensou em Sadat e no Yom Kippur de 1973, será importante que pense também no que se seguiu. Os herdeiros dos assassinos de Sadat e de Rabin não devem ser desculpados, tolerados … nem financiados.
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