Não são abordagens simplistas, depois de alguém ter ouvido qualquer coisa ontem e vir hoje debitar palpites, esquecendo-se que a realidade raramente coincide com aquilo que a ignorância imagina. São visões e posições de quem aí nasceu, viveu e se libertou.
No final destes testemunhos e reflexões ricas, incluindo alguns argumentos e pontos de vista que não compro, fica a confirmação e a perplexidade sobre como uma parte da Europa cosmopolita, culta e desenvolvida, continua a ver com condescendência e “compreensão” uma teoria e uma prática que, só para dar um bom exemplo, recusa um estatuto de cidadania de pleno direito à mulher.
Senhoras, senhores e correlativos, podem ter os vossos motivos para odiarem a sociedade em que vivem e o seu modelo, que até vos permite manifestar livre e publicamente esse ódio. Lembrem-se, no entanto, que o inimigo do inimigo não é automaticamente amigo. Ainda por cima, a aliança entre os “socialistas do terceiro mundo” e os “ativistas islâmicos” contra o “ocidente colonizador” foi coisa de interesse e circunstância, sol de muito pouco dura.
Para lá dos princípios não deverem ser atropelados pelo tribalismo, muito especialmente quando estão em causa direitos humanos, abram os olhos e vejam que esse casamento “vermelho-verde” acabou há muito. Sim, tenho uma enorme fobia do islão politico, denuncio a sua hipocrisia e assumo-o plenamente, como deve fazer qualquer um para quem direitos humanos são mais do que uma “ideia”.
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