Tive que ler e reler porque receei não ter entendido bem o que ouvi: o governo vai criar uma rede de combustíveis “low-cost”. A ideia até pode ser simpática para a maioria das pessoas que a ouve, pela expectativa de pagar menos pelo depósito cheio, mas eu esperaria que este anúncio fosse mesmo de um Ministro da Economia na perspectiva económica e não de propaganda. Para lá de não se saber quem vai mesmo fazer, quem vai investir e operar a rede, o que não é um detalhe, fica-me a enorme dúvida de qual o fundamento económico subjacente a esse “low cost” – um processo tecnológico, logístico, administrativo novo que ainda ninguém se lembrou de implementar? Porque se a estrutura de custo não muda e não estou a ver uma “rede criada pelo executivo” a superar as multinacionais que estão no negócio há muito tempo, o preço de venda só será inferior se a margem reduzir. E aqui, das duas uma, ou a margem actual dos distribuidores é demasiado elevada e há realmente um problema de concorrência que devia ser resolvida pela autoridade correspondente, que afirma bem alto que não é o caso, ou haverá um … subsídio. E então, como é que vamos ter mesmo esses combustíveis “low cost”… ?
Nota: Ainda não há muito tempo os bancos davam todo o crédito do mundo às entidades públicas, sem a menor restrição, acreditando que era um negócio excelente e garantido. Agora que a coisa treme querem varrer esse crédito para um saco do lixo … público. A irresponsabilidade do sistema financeiro que esteve na origem da crise de 2008 e ajudou bastante a toda a confusão em que está o mundo ainda não acabou nem tem cara de abrandar.
Nota: Ainda não há muito tempo os bancos davam todo o crédito do mundo às entidades públicas, sem a menor restrição, acreditando que era um negócio excelente e garantido. Agora que a coisa treme querem varrer esse crédito para um saco do lixo … público. A irresponsabilidade do sistema financeiro que esteve na origem da crise de 2008 e ajudou bastante a toda a confusão em que está o mundo ainda não acabou nem tem cara de abrandar.
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