Acho curioso averiguar o significado dos nomes próprios: podem ser qualidades físicas ou morais, objectos, animais, plantas, etc. Nalgumas culturas é frequente quando alguém se apresenta, acrescentar de imediato a “tradução” do seu nome. Pelos nossos lados esse significado é frequentemente desconhecido. A larga maioria das vezes o nome é escolhido pela sua sonoridade e estética ou por antecedente familiar ou homónimo célebre e muito raramente pelas qualidades do nome com que gostariam que os filhos se identificassem.
Ao investigar se um nome próprio era masculino ou feminino caí num site que parecia ser precisamente de informação/aconselhamento para futuros pais sobre a origem e o significado dos nomes próprios. Obviamente que testei o meu e, para minha enorme surpresa, deu “homem livre”! Surpresa porque me recordo bem de uma revistinha juvenil, dos tempos em que as recebia, numa secção tipo “Como te chamas”, ter visto lá bem escrito que Carlos vinha do alemão Karl e significava “viril/forte”! E acreditei nisso estes anos todos...
Numa investigação mais aprofundada confirmei a versão do “homem livre” com a variante de apenas “homem” e até podemos assumir que, no fundo, dizer “homem livre” é algo redundante.
Foi um choque: não porque preferisse o “viril” ao “livre”, até pelo contrário, mas por ficar a pensar: então não é que Salazar e os seus censores não queriam que eu soubesse que, pelo nome, eu era um homem livre? É um abuso confiscarem-nos assim a identidade antroponímica! Será que irei necessitar de acompanhamento psicológico para vir a ser plenamente um “homem livre”?
Ao investigar se um nome próprio era masculino ou feminino caí num site que parecia ser precisamente de informação/aconselhamento para futuros pais sobre a origem e o significado dos nomes próprios. Obviamente que testei o meu e, para minha enorme surpresa, deu “homem livre”! Surpresa porque me recordo bem de uma revistinha juvenil, dos tempos em que as recebia, numa secção tipo “Como te chamas”, ter visto lá bem escrito que Carlos vinha do alemão Karl e significava “viril/forte”! E acreditei nisso estes anos todos...
Numa investigação mais aprofundada confirmei a versão do “homem livre” com a variante de apenas “homem” e até podemos assumir que, no fundo, dizer “homem livre” é algo redundante.
Foi um choque: não porque preferisse o “viril” ao “livre”, até pelo contrário, mas por ficar a pensar: então não é que Salazar e os seus censores não queriam que eu soubesse que, pelo nome, eu era um homem livre? É um abuso confiscarem-nos assim a identidade antroponímica! Será que irei necessitar de acompanhamento psicológico para vir a ser plenamente um “homem livre”?
1 comentário:
Ainda hoje, fazem crer a todos os "Carlos" que são viris e ocultam-lhes que são livres.
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