Geograficamente a Grécia não está muito perto de Portugal mas o fundo dos acontecimentos lá em curso, terríveis pelo seu significado, pode estar mais próximo do que se imagina. Uma geração descrente no seu futuro, na justiça e na seriedade que quem a governa, descola do “sistema” e vem agressiva para a rua protestar e quebrar o que lhe apetece.
A oposição grega, se começou por manifestar alguma compreensão, na expectativa de lhes sobrarem alguns créditos, já deverá estar arrependida. E arrependida porque obviamente este descalabro é destruidor do sistema e, para os contestatários, a oposição não é mais do que um espelho do governo. Infelizmente a corrupção não tem cor, é apolítica.
Nas mãos de um ocasional vizinho de viagem um “Liberation”, muito “comprometido” (para não dizer “engagé”) com estas lutas”, fazia dos jovens gregos quase uns heróis. Questiono-me sempre se estes “solidários” continuariam assim tão solidários se um dia vissem o seu automóvel incendiado ou a sua loja saqueada por esses heróis.
Quando a situação económica contrai e a descrença no amanhã se planta funda e larga, a irracionalidade cresce. “Se está destruído para mim, que fique destruído para todos”. Se nesses “todos” estiverem oportunistas e desonestos em vida farta e negociatas impunes, o desesperado sentir-se-á adicionalmente roubado e terá um argumento “racional” de suporte para os seus actos.
Em Portugal estamos a encolher e com uma percepção pública do facto como não existe paralelo há muito. Que pensarão os potenciais “demitidos do sistema”, frustrados e defraudados sobre, por exemplo, o caso BPN? E que pensarão quando o outro lado do espelho aproveita para tentar capitalizar, ignorando os seus telhados de vidro? O BPN e demais derivas, independentemente da cor das mesmas, são um problema de justiça. Se a justiça não funcionar, transformar-se-ão num problema de sistema e, com os demais ingredientes presentes, num possível descalabro social.
PS: E vamos fazer de conta que não ouvimos aquela do Dr Almeida Santos sobre os deputados, suas faltas e justificações? É que, se ouvimos e ele pensou no que disse, estão mesmo, mesmo a pedi-las porque. Dificilmente poderia ser pior!!!
A oposição grega, se começou por manifestar alguma compreensão, na expectativa de lhes sobrarem alguns créditos, já deverá estar arrependida. E arrependida porque obviamente este descalabro é destruidor do sistema e, para os contestatários, a oposição não é mais do que um espelho do governo. Infelizmente a corrupção não tem cor, é apolítica.
Nas mãos de um ocasional vizinho de viagem um “Liberation”, muito “comprometido” (para não dizer “engagé”) com estas lutas”, fazia dos jovens gregos quase uns heróis. Questiono-me sempre se estes “solidários” continuariam assim tão solidários se um dia vissem o seu automóvel incendiado ou a sua loja saqueada por esses heróis.
Quando a situação económica contrai e a descrença no amanhã se planta funda e larga, a irracionalidade cresce. “Se está destruído para mim, que fique destruído para todos”. Se nesses “todos” estiverem oportunistas e desonestos em vida farta e negociatas impunes, o desesperado sentir-se-á adicionalmente roubado e terá um argumento “racional” de suporte para os seus actos.
Em Portugal estamos a encolher e com uma percepção pública do facto como não existe paralelo há muito. Que pensarão os potenciais “demitidos do sistema”, frustrados e defraudados sobre, por exemplo, o caso BPN? E que pensarão quando o outro lado do espelho aproveita para tentar capitalizar, ignorando os seus telhados de vidro? O BPN e demais derivas, independentemente da cor das mesmas, são um problema de justiça. Se a justiça não funcionar, transformar-se-ão num problema de sistema e, com os demais ingredientes presentes, num possível descalabro social.
PS: E vamos fazer de conta que não ouvimos aquela do Dr Almeida Santos sobre os deputados, suas faltas e justificações? É que, se ouvimos e ele pensou no que disse, estão mesmo, mesmo a pedi-las porque. Dificilmente poderia ser pior!!!
Imagem googleada de info.rsr.ch
Sem comentários:
Enviar um comentário