25 agosto 2005

E a Ota?

Reconheço que me sinto muito diminuído para abordar este tema. Se há alguma coisa que ele revelou, é que somos um país extraordinariamente bem dotado de planeadores de infra-estruturas aéreas. São tantos e tantos que até acho que deveríamos internacionalizar a actividade. Não há espaço para todos neste pequeno rectângulo e deverá existir, por esse mundo fora, muita boa gente necessitada dos palpites destes génios criativos e clarividentes.

Só sei que não me lembro de uma grande cidade com um aeroporto com as características da Portela que ainda subsista como aeroporto principal. Desde Buenos Aires e S. Paulo até Atenas, passando por Paris, Milão, etc., há muitos, muitos e muitos. Não significa que tenhamos que copiar tudo o que os outros fazem, mas...

Sei que a aproximação à Portela com vento norte, o mais frequente, é de fazer concorrência desleal aos organizadores de excursões turísticas. Só falta mesmo uma locução para nos apresentar e explicar toda a cidade.

Não sei se é agora o momento de avançar ou não, se iremos cedo ou tarde, por ignorância assumida.

Sei que, para além do prazo, há a função. Um aeroporto de “charters” não é igual a um aeroporto de cabotagem para Madrid, Paris, etc. que, por sua vez, também é bastante diferente de um “hub” atlântico.

Sei que, ultimamente, ao voar a partir do Porto, por acaso ou sem acaso, faço “tabela” em Madrid aí umas 5 vezes mais frequentemente do que em Lisboa.

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