Quando em 2022 foi necessário substituir Marta Temido, muita gente do sector achava que Fernando Araújo daria um excelente ministro da saúde. Tranquilo na sua maioria absoluta, o PS preferiu um apparatchik, na figura de Manuel Piçarro.
Para as últimas legislativas, na necessidade de captar votos
e mostrar “capacidade” de fazer algo diferente, Fernando Araújo foi nada menos
do que o cabeça de lista pelo Porto, apresentado pelo PS como se tivesse
recrutado o Max Verstappen do SNS…
Escassas semanas depois, o ás de trunfo da saúde decide
surpreendentemente que será mais útil no S. João, hospital, do que em S. Bento,
Parlamento, aparentemente na sequência de uma “reflexão”… Não podia ter
refletido antes de se ter entusiasticamente envolvido na campanha eleitoral?
Será que ao PS, com a redução do grupo parlamentar, lhe faltam lugares para
apparatchicks?
Um deputado poderia e deveria ser mais do que figura de
corpo presente e o Parlamento seria valorizado se por lá houvesse gente que
sabe mesmo de alguma coisa e fez algo na vida, para lá de lutas e tricas
partidárias.
Uma coisa é certa, estas deserções precoces de cabeças de
lista prestigiantes, cheiram a básico engodo para pescar eleitorado e não ajudam
nada a credibilizar quem as organiza e quem nelas participa.
Atualizado em 30/5 com a publicação entretanto saída no Público
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