Acabo de saber que na próxima vez que pagar a conta numa farmácia, serei convidado a deixar os trocos para financiar as pessoas com dificuldades em suportar o custo dos medicamentes a cargo do utente. Infelizmente existirão muitas pessoas nessa situação e é mais do que justo e humano não perderem acesso aos seus tratamentos.
No entanto, será muito a contragosto que eventualmente deixarei lá os meus trocos. No meu país de hoje, o acesso à saúde, entre outros direitos, não deve depender de um peditório, seja ele num balcão de farmácia, na porta da igreja ou na fila do semáforo.
Numa sociedade moderna e organizada a solidariedade não deve passar por estes canais. É o Estado que a partir de impostos e outras contribuições a deve garantir. E esses eu pago-os todos. Para lá do princípio, estes fundos solidários têm ainda um problema prático que é o rigor e a justiça na sua utilização. Veja-se o caso das reconstruções após os incêndios de Pedrogão.
Obviamente que há prioridades. Enquanto formos governados por quem se preocupa basicamente em comprar votos, onde os principais beneficiados com o “fim da austeridade” são quem mais protesta a pedir mais, em que a fina flor da paróquia, incluindo a senhora que dá a cara na promoção deste peditório, apoiou indecentemente a reeleição de Tomás Correia no Montepio e em que um ex PM sulfuroso continua a bem viver à custa de uma certa caridade… realmente não dá para tudo e é necessário apelar aos bons sentimentos da população, promovendo peditórios.
Não, eu já dei!
No entanto, será muito a contragosto que eventualmente deixarei lá os meus trocos. No meu país de hoje, o acesso à saúde, entre outros direitos, não deve depender de um peditório, seja ele num balcão de farmácia, na porta da igreja ou na fila do semáforo.
Numa sociedade moderna e organizada a solidariedade não deve passar por estes canais. É o Estado que a partir de impostos e outras contribuições a deve garantir. E esses eu pago-os todos. Para lá do princípio, estes fundos solidários têm ainda um problema prático que é o rigor e a justiça na sua utilização. Veja-se o caso das reconstruções após os incêndios de Pedrogão.
Obviamente que há prioridades. Enquanto formos governados por quem se preocupa basicamente em comprar votos, onde os principais beneficiados com o “fim da austeridade” são quem mais protesta a pedir mais, em que a fina flor da paróquia, incluindo a senhora que dá a cara na promoção deste peditório, apoiou indecentemente a reeleição de Tomás Correia no Montepio e em que um ex PM sulfuroso continua a bem viver à custa de uma certa caridade… realmente não dá para tudo e é necessário apelar aos bons sentimentos da população, promovendo peditórios.
Não, eu já dei!
Eu também já dei, por isso, também digo não.
ResponderEliminarNo "antigamente" isto era apelidado de caridadezinha. Tudo se paga neste mundo.
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