
Ainda não terão passado dois meses sobre a publicação do estudo de mercado da TNS sobre “O Poder de Sedução de Portugal”, que concluiu que 85% dos Portugueses não se sentiam envolvidos com Portugal. Na altura foi o delírio para os arautos da mediocridade nacional. Tiveram um argumento científico para hastear alto a sua bandeira miserabilista, arrasar os ânimos e tentar atirar o pessoal todo para o sofá da psicanálise da identidade e da viabilidade do país.
No fundo, são os mesmos impotentes demitidos que acham que a solução do nosso problema económico passa pela anexação a Espanha e exactamente na mesma linha dos que defendiam, há 200 anos, que a modernidade nos seria trazida pelas tropas de Napoleão, na mesma altura em que estas entravam no país a saquear tudo o que encontravam.
Menos de dois meses depois dessa constatação, temos o Mundial de Futebol, o entusiasmo com a selecção e o festival das bandeiras. Pode discutir-se se é a forma mais salutar de alinhar a identidade nacional mas prova claramente que a “marca” não corre risco de extinção. Seria interessante, e talvez um quebra-cabeças, tentar reescrever as conclusões desse estudo agora. Este povo é mesmo de muito difícil leitura, não é?
No fundo, são os mesmos impotentes demitidos que acham que a solução do nosso problema económico passa pela anexação a Espanha e exactamente na mesma linha dos que defendiam, há 200 anos, que a modernidade nos seria trazida pelas tropas de Napoleão, na mesma altura em que estas entravam no país a saquear tudo o que encontravam.
Menos de dois meses depois dessa constatação, temos o Mundial de Futebol, o entusiasmo com a selecção e o festival das bandeiras. Pode discutir-se se é a forma mais salutar de alinhar a identidade nacional mas prova claramente que a “marca” não corre risco de extinção. Seria interessante, e talvez um quebra-cabeças, tentar reescrever as conclusões desse estudo agora. Este povo é mesmo de muito difícil leitura, não é?
Nota em 26/06/2006, após o Portugal-Holanda: Continua aqui
Sem dúvida que o é?
ResponderEliminarOu talvez não. Talvez não saibam ler este povo. Afinal como poderiamos estar envolvidos com um país que atravessa tamanha instabilidade económica? Como poderiamos sentir seduzidos por um país, em que o futuro se advinha tão dificil?
Mas como sempre, como a história já o provou, na hora H erguemos os punhos...neste caso...hasteamos bandeiras (ainda que nem sempre correctamente hastedas), mas isso já seria outra história, não é?
Sim, que este povo é de muito difícil leitura! (adoro concordar contigo!:-)
ResponderEliminarE sim, é muito discutível que essa "bandeirice" toda seja a forma mais salutar de alinhar a identidade nacional (tás mesmo a ver onde vou chegar, né?)
Mas esse forçar de um patriotismo às três pancadas é uma treta! Interessa que em qualquer lugar do mundo as pessoas possam ter acesso a uma vida digna e feliz, independentemente da bandeira. Daí que em cada lugar se deva fazer por isso e cada economia deva usar de ferramentas e estratégias próprias, ora numa óptica de preservação de fronteiras e mercados, ora no sentido das parcerias, dos intercâmbios e dos casamentos inter-pátrias se preciso for, e sem detrimento para a riqueza cultural de cada país.
A filosofia do casulo entristece-me. Visto à lupa do portuguesinho, como não se há-de perceber que os de Barcelos queiram parir em Barcelos? Com óculos excessivamente lusos, haveremos sempre de achar que o outro é "estrangeiro", e não Humano!