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26 agosto 2016

Em volta da proibição

Imaginando... que, preparado para mergulhar na onda que se aproxima, sou ultrapassado pela direita e pela esquerda por um monge tibetano e um franciscano, trajados a rigor!? Bom… digamos que seria algo pouco ortodoxo!

E o burkini? Isso é diferente. Apesar da sua ligação confessional clara, pode dizer-se ser apenas uma variante de um fato de banho, algo mais fechada. Mas há outra diferença. Enquanto não estou a imaginar o tibetano e o franciscano envolvidos em grande quezília com objetivo mutuamente exclusivo, com o burkini é diferente. Muitos, não todos mas muitos, dos que defendem a liberdade da sua utilização são os mesmíssimos que se (quando?) puderem, defenderão a proibição do biquíni!

Que bico de obra !

2 comentários:

  1. Anónimo27/8/16

    Ainda não consegui ouvir, até hoje, um dos ditos "moderados muçulmanos", com
    espírito livre e democrático aconselhar as mulheres muçulmanas, que vivem na Europa a pôr de lado
    a ostentação religiosa (traduzida em burkas, burkinis etc) que só provocam mal-estar nos países livres e democráticos.
    As suas opiniões, são, regra geral, para que a dita "ostentação religiosa" continue.
    Também com as "opiniões" dos nossos comentadores não vamos lá!
    A minha pergunta é: Haverá, na realidade, "moderados"?

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  2. Existem muçulmanos moderados (alguns) mas não são eles que ocupam o palco mediático.
    Concretamente em França ele é muito ocupado pela UOIF (da Irmandade Muçulmana) e o seu pregador vedeta, Tarik Ramadam, neto do fundador da Irmandade.
    Convém ler os seus princípios e objetivos. Mais do que dar direitos às minorias, está em causa mudar a sociedade.
    Pedir hoje a liberdade de usar o burkini e amanhã pedir-se-ão praias exclusivas sem biquinis e por aí fora.
    Não sei se a proibição resolve, mas que está aqui um grande problema, está...

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