
O trânsito é uma das melhores caracterizações da forma de ser, de conviver e da importância da formalidade em cada cultura. Em cada país, para lá do código da estrada que existe formal e escrito, há um código implícito, mais ou menos específico, que só a prática ensina.
Ido de Portugal para a Bélgica, achei perigosíssima a condução deles para os meus hábitos. É que ali seguem as regras e não há condescendência. Queimar uma prioridade ou facilitar uma ultrapassagem não tem tolerância. Foi-me muito mais fácil adaptar-me a Itália. Aqui as regras escritas não são muito respeitadas mas as interacções informais entre condutores são mais próximas das nossas...
O mais curioso é a forma como rapidamente nos adaptamos a cada conduta local. Inicialmente achei a Argentina completamente louca mas, passados poucos dias, conduzia exactamente como eles. Ultrapassando pela direita na autoestrada e fazendo quatro filas nos semáforos, onde teoricamente só havia duas. Neste caso, o desafio é conseguir, com um arranque fulgurante, ocupar umas das duas filas reais a seguir ao cruzamento. O problema foi no regresso ter que me re-adaptar ao padrão português!!
E para não dizer que é só o terceiro mundo que é “especial”, o pior lugar onde até hoje conduzi foi no centro de Paris. Nunca vi local mais agressivo. O truque é andar mais rápido do que vizinho do lado. Tentar ser gentil dá direito a ficar especado no meio da rotunda.
Tudo isto a propósito do sinal da imagem. Parece óbvio que se trata de um “Stop”. Sim, mas o que significa exctamente? Até em Portugal a sua leitura é contextualizada. Em muitos sítios pouca gente realmente pára. Aqui, já tinha entendido que antes duma rotunda não quer dizer nada. Tudo se resume a uma interacção bilateral procurando um equilíbrio entre atrevimento e condescendência. Em geral, a melhor forma de conseguir a prioridade de passagem é fitar o adversário nos olhos e sorrir. Funciona em 90% dos casos.
O que eu ainda não tinha aprendido é que alguém apontar de uma transversal, pela esquerda, olhar para mim e eu não reduzir, pode dar origem a que ele entre na mesma. Felizmente os travões estavam novos. Bem educado, a seguir, pediu-me desculpa! E eu já aprendi mais essa “regra”.
Entretanto, soube que a Argélia está no Top5 mundial do ranking dos acidentes rodoviários com uma média de 10 mortos em cada 100 acidentes. Ainda ontem no regresso à base passei por, acho, um desses 10. Um belo Honda S2000 encontrou na “sua” terceira faixa de rodagem um grande SUV Coreano.
Ido de Portugal para a Bélgica, achei perigosíssima a condução deles para os meus hábitos. É que ali seguem as regras e não há condescendência. Queimar uma prioridade ou facilitar uma ultrapassagem não tem tolerância. Foi-me muito mais fácil adaptar-me a Itália. Aqui as regras escritas não são muito respeitadas mas as interacções informais entre condutores são mais próximas das nossas...
O mais curioso é a forma como rapidamente nos adaptamos a cada conduta local. Inicialmente achei a Argentina completamente louca mas, passados poucos dias, conduzia exactamente como eles. Ultrapassando pela direita na autoestrada e fazendo quatro filas nos semáforos, onde teoricamente só havia duas. Neste caso, o desafio é conseguir, com um arranque fulgurante, ocupar umas das duas filas reais a seguir ao cruzamento. O problema foi no regresso ter que me re-adaptar ao padrão português!!
E para não dizer que é só o terceiro mundo que é “especial”, o pior lugar onde até hoje conduzi foi no centro de Paris. Nunca vi local mais agressivo. O truque é andar mais rápido do que vizinho do lado. Tentar ser gentil dá direito a ficar especado no meio da rotunda.
Tudo isto a propósito do sinal da imagem. Parece óbvio que se trata de um “Stop”. Sim, mas o que significa exctamente? Até em Portugal a sua leitura é contextualizada. Em muitos sítios pouca gente realmente pára. Aqui, já tinha entendido que antes duma rotunda não quer dizer nada. Tudo se resume a uma interacção bilateral procurando um equilíbrio entre atrevimento e condescendência. Em geral, a melhor forma de conseguir a prioridade de passagem é fitar o adversário nos olhos e sorrir. Funciona em 90% dos casos.
O que eu ainda não tinha aprendido é que alguém apontar de uma transversal, pela esquerda, olhar para mim e eu não reduzir, pode dar origem a que ele entre na mesma. Felizmente os travões estavam novos. Bem educado, a seguir, pediu-me desculpa! E eu já aprendi mais essa “regra”.
Entretanto, soube que a Argélia está no Top5 mundial do ranking dos acidentes rodoviários com uma média de 10 mortos em cada 100 acidentes. Ainda ontem no regresso à base passei por, acho, um desses 10. Um belo Honda S2000 encontrou na “sua” terceira faixa de rodagem um grande SUV Coreano.
"Para que serve este sinal...?"
ResponderEliminarNão sei...!
Nunca vi um igual!
Concordo a 100%! Este texto devia ser entregue no ACP com as papeladas do Turismo!
ResponderEliminarOK Diafragama
ResponderEliminarVou procurar o "AC" aqui da Argélia!! :)
Se procuras a APC, ela chegou! ;-)
ResponderEliminarBe careful! :-)